quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NOITE FORA DO EIXO CAMAÇARI-Ba


Noite Fora do Eixo é uma parceria entre o Capivara Coletivo Cultural de Camaçari e o Nordeste Fora do Eixo. Juntos divulgam e fazem a turnê nordeste das bandas MAGLORE (SSA) e OS BARCOS (Vitória da Conquista). Essa turnê vai sair de Vitória da Conquista (02), passando por Feira de Santana (03), Camaçari (04), Salvador (05), Aracaju (06), Recife (08), Campina Grande (09), João Pessoa(10), Cajazeiras (11) e Natal (12). Dia 04 de dezembro 21h, dia de Yansã, a turnê desembarca em Camaçari, na Casa de Taipa com a participação especial do CLUBE DE PATIFES. Estejam todos convidados... vai ser uma noite quente!!!
Segue os links das bandas pra vc ouvir:

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

12 anos como um bom whisky... parabéns Clube de Patifes!!!


No ano de 1998, estava caminhado pelos corredores da universidade de Feira, a Uefs, quando fui abordado por Paulo de Tarso, Kleber Monteiro e Isac Afonso (estes elementos tinham acabado uma banda da qual faziam parte - a Belzeblues - e estavam montando outro projeto musical). Eu me dirigia à biblioteca para devolver um livro (cursava geografia e era metido a militante politico de movimento estudantil - D.A. e D.C.E. - junto aos supra citados), quando esses elementos me gritam bem no meio da cantina do módulo 3, me chamando pra terminar uma letra de música que haviam começado. Disse que não poderia naquele momento e continuei andando... enfatizaram outro grito com a seguinte pergunta: "Não quer ficar rico nããããoooo?" Ahhhh, na mesma hora eu dei meia volta e sentei à mesa para terminar a tal letra; eis que nascia " O homem com passos prateados"... me ludibriaram com aquela pergunta, aquele chamado e até hoje estou atrás do ouro do bandido. Mais tarde Paulo me diria que estariam participando de um festival em Vitória da Conquista com uma música que era do antigo repertório deles - "Barfly". Inscreveriam uma só canção? perguntei. E ele me disse que poderiam colocar mais uma. Aí, como de bincadeira, sugeri gravarmos com minha voz "O homem com passos prateados". Ele me olhou espantado, como quem não acreditava no que ouvia e na mesma hora aceitou. Eu disse que era brincadeira o que tinha falado. Mas ele insitiu pr'eu fazer agravação e foi o que acabou acontecendo. Gravamos e mandamos as duas músicas pro festival. As benditas gravações não passaram pela curadoria... mas ali começava, meio que desprentesioso o Clube de Patifes. Antes dessa minha entrada pro Clube, tinha uma amigo nosso que seria o vocalista. Um cara conhecedor de música pra caralho, que eu respeito muito, que é o Gilmar Fufuta. Mas sempre que eu perguntava a Paulinho pelo ensaios, como estavam indo, ele me dizia que não tinha rolado direito pois Fufuta não tinha ido ensaiar, por esse ou por aqule motivo. Acabou não ficando no projeto. Mais pra frente, veio a idéia de colocar dois vocalistas - um era João, grande músico das noites de barzinhos, e quem gravou a versão de barfly para o festival. E o outro cara??? seriaaaa??? adivinha??? quem? quem? Raimundo Nonato? não... eu, o mesminho aqui que fala com vocês. João era um exelente cantor, afinado, com postura... isso tudo era o que me contavam do cara. No primeiro ensaio com ele fiquei nervoso - pow, vou ficar de cara com cara... o bicho canta muito e eu um méro colega de faculdade de Paulo que nunca pegou num microfone - eu tinha uma vergonha de aparecer em público, que não sabia como estava ali para ser um crooner de uma banda... mas estava (acho que foi o movimento estudantil que acabára de tracafiar o resto da timidez que eu carregava). Rolou o ensaio, tudo dentro da normalidade esperada... e o tempo foi passando e em uma das conversas com Paulo na Uefs, cheguei pra ele e disse: "Bicho, eu num quero esse lance de dois vocalistas não... tem que ser um só... e eu quero ser o vocalista". Mais uma vez Paulo me olhou, parou, pensou - ele pensa muito mesmo - e deu um sorriso daqueles que o lobo, nosso mascote, tem. Me respondeu mais ou menos assim: "Ahhhh, pensei que nunca você fosse dizer isso!!!" e caímos na gargalhada. Depois das aulas - coisas que assistíamos mesmo - fomos para o módulo 7, beber umas cervejas. Não, não, na universidade não... o módulo 7, era uma barraquinha que existia ao lado da universidade. Muita cerveja rolava, muito rock n' roll, muitas conversas filosóficas com Valter e Ismar - quem viveu sabe o que estou dizendo. Ganhou o nome de módulo 7, pois a Uefs só tinha 6 módulos na época... como era a extensão com universidade, a comunidade o batizou com esse nome. Enfim, estava definitivamente criado o Clube de Patifes no ano de 1998.




O nome? por que Clube de Patifes? Ahhh... A gente era do movimento estudantil, e estavamos muito ligados ao cenário político que nos cercava - não que hoje não estejamos, mas eramos mais engajados - e os tais safados, faziam e aconteciam em cima do povo - até hoje ainda o fazem - daí surgiu a idéia num bate papo... que esses caras eram uns patifes, uma corja, um clube de pilantras... então veio o estalo. Pow galera, taí o nome: CLUBE DE PATIFES!!! Achamos um ótimo nome, pois além de tudo isso que falei, ainda era polêmico e referia-se também ao malandro da noite, o cara safo, o cara que conseguia se sair de situações extremamente avessas a ele, um caçador, um bom patife. Como eramos quatro, por que não um clube? Um CLUBE DE PATIFES.




Logo começaram a aparecer convites para festinhas e showzinhos. E no dia 11 de novembro de 1998, fizemos o nosso primeiro show. Foi numa festa do curso de administração. Nosso repertório era reduzidíssimo... tinham apenas 7 músicas pra apresentar. Parecia conta de mentiroso, mas foi verdade. Lembro das meninas, umas amigas nossas - Andréa, Agda e Taís - com cartazes e faixas (rsrsrs) na frente do palco gritando nome da gente. Claro, eram nossas amigas, e não pagamos a ninguém não. Fiquei com uma vergonha danada, mas foi massa esse começo. E quando olho pra trás e lembro... num dá saudade não, mas é bom saber como não fazer umas coisas rsrsrsrs. Por isso dia 11/11 foi escolhido como a data do aniversário do Clube.




Uma semana depois, tocaríamos na Visgueira do Reggae, um dos redutos do reggae de Feira de Santana, a casa da Monte Zion. Rapá, não tinhamos nem o figurino certinho. Era uma peça dali, outra daqui e iamos montado as coisas. Lembro que toquei com uma camisa quadriculada marrom, que era uma coisa feia demais... calça jeans, vixe!!! Naquele momento eu tava me sentindo o gato de botas... ééééé, tinha também umas botas, que vieram da minha herança forrosística - e essa é uma outra estória. O show? vou dizer a vcs que aconteceu com as mesmas 7 músicas, mas já foi mais a vontade que o primeiro, apesar de uns olhares hostís que nos flechavam, rsrsrsrs.




Então vimos a necessidade de montarmos um show com um repertório mais amplo - pois tinhamos composições para isso, e dar continuidade ao que foi iniciado. Antes, partimos para fazermos umas gravações. Um amigo nosso, um grande rockeiro das antigas de Feira, tinha um estúdio de gravação chamado San Cléa na Av. Maria Quitéria. Seu nome era Cleilson. Combinamos tudo, marcamos a data para começarmos, valores e caímos pra dentro. Gravamos o que chamamos depois de uma demo com 13 faixas - faixas essas que em 2001 seriam regravadas novamente e comporiam o nosso primeiro albúm "Do palco ao balcão". Cleilson foi um cara que me deu força pra continuar como vocal - coisa que em alguns momentos pensei em desistir - mas esse cara foi uma das pessoas que me incentivaram. Cleilson era tão rockeiro, que morreu num acidente de carro numa madrugada, no anel da morte, rotatória da Cidade Nova, a bordo do seu gol Rolling Stones vermelho (uma série especial que a VW lançou em homenagem a segunda passagem dos Stones no Brasil em 1998). Inclusive teremos uma música no terceiro disco do Clube de Patifes dedicada a ele, chamada 02 de novembro.




Montamos o show de estréia para Feira de Santana no ano de 1999 no Centro Universitário de Cultura e Arte - o CUCA - que é um complexo ligado a Uefs, que vez ou outra nos dava um certo apoio nessas questões de eventos. A galera compareceu em peso, a arena estava repleta de amigos. Rolou muito whisky no camarim... tava me identificando muito com tudo aquilo. A banda tava ensaiada e o nosso repertório subiu de 7 para 15 músicas. Dentre as nossas canções, tinham alguma coisa de Raulzito também. A gente desde o começo preza muito pela composição, pelo autoral e desde 98, nosso repertório é formado por mais de 90% de canções da banda. Feira de Santana acabava de conhecer o Clube de Patifes.




Tocamos muito em Feira, principalmente na universidade, nas calouradas. Os bares da cidade também abriram as portas pra gente. O Jeca Total nem se fala... era pra beber e pra tocar. Sempre que tocavamos no Jeca, e me dirigia ao balcão depois do show para pegar uma cerveja, Eudes me dizia que já tinha acabado. "Como assim acabado? eu perguntava. É, beberam tudo, só tem quente, vai? Eudes dizia". Me dá um Domecq então. E ficava com a cara no chão... doido pra molhar o bico com uma gelada. Só nos restava ir para o bar mais próximo.




O antigo Bavária, nos concedeu oportunidades de nos apresentarmos por lá algumas vezes. Era um bar renomado na city e a gente aparecia bem, pois estavamos ao lado de nomes que movimentavam a noite feirense musicalmente. Foi muito importante pra gente. Feira já percebia que o profissionalismo era buscado também por uma banda de rock... han han, quer dizer, blues rock.




Mas tinha um bar, que já fechou até, que não esqueceremos. O Boca do Caranguejo. Lá comemoramos nosso primeiro ano de banda. Foi nossa primeira grande super produção. Som, luzes, seguranças, divulgação pesada, e ajuda de muitos parceiros. Era um bar relativamente grande, comparado aos demais da Av. Getúlio vargas - onde a noite musical feirense era concentrada. Convidamos a banda Aluga-se (cover de Raul Seixas) para abrir o show. Foi um sucesso. Compareceram ao nosso chamado quase 400 pessoas... o dono do bar, Diógenes, ficou com um sorriso de orelha a orelha. Entravamos de vez na cena musical de Feira e os shows foram acontecendo aqui, ali e nas redondezas.




Agora, sem dúvida que uma de nossas maiores experiências, foi fazermos duas temporadas num dos bares mais emblemáticos de Salvador: O Café Callypso, do grande brother, o francês Jean Claude. Tocamos lá em 99 e 2000. E ele, Jean, nos indagava sempre: "Vocês são malucos? Pois saem de Feira de Santana, no interior, vem pra capital, tocar num bar onde rola Dr. Cascadura, The Dead Bills, King Cobra (grandes bandas diga-se de passagem) fazer suas músicas sem nenhum cover?... vcs são loucos, ele dizia, mas gosto de vcs!!!" E assim foram as duas temporadas. Começamos em 99 nas quartas feiras. Era uma mão de obra danada ir pra Salvador na quarta. Mas encaravamos a 324 e cumpríamos o nosso prazeiroso ofício. Em uma dessas idas para o Callypso nas quartas - que não eram tão cheias assim - estava chovendo pra caralho em Feira, estavamos sem a grana pra viajar, sem perspectivas de transporte alguma e já eram umas 20h - nossos shows começavam lá às 23h - e nos encontravamos parados na Getúlio. Ligamos pro Jean, na espectativa d'ele dizer que não rolaria o show por conta da chuva e de ainda ter jogo da seleção no mesmo horário... sabíamos que não daria muita gente no bar. Eis que ele atende o telefone, perguntando se já estavamos chegando á Salvador. Estava chovendo muito em Salvador, mas que iria ter show sim. Olhamos um para o outro e sem um centavo, pegamos um táxi que estava solitariamente parado logo a frente. O nome do motorista era Léo... perguntou se eramos uma banda e pra onde íamos. Depois de convencermos Léo, pegamos a estrada. Ele nos esperaria tocar, para em seguida nos trazer de volta. No caminho conversando sobre música - coisa da qual Léo gostava muito - nos perguntou qual música de Raul estava em nosso repertório. No momento não tinha nenhuma... e ele sugeriu a música "Você," que está no disco "O dia em que a terra parou"... ouvi aquilo e guardei no HD. Chegamos em Salvador, fizemos nosso show, a casa não estava cheia, apenas algumas mesas. Músicos do bar subiam e desciam as escadas, esses não pagavam couvert. Martin - hoje Pitty - era um dos frequentadores, músicos da casa e parceiro de biritas. Martin quase gravou "Alma Suja", música do nosso primeiro disco... nem sei por q não rolou, vá saber. Quando fomos acertar a grana da noite, com a qual pagaríamos o Táxi de Léo, Jean Claude todo envergonhado, chega pra gente e diz: " Olha gente, depois de cobrar o consumo de vocês da noite e depois dos couvert's liberados, fico constrangido em dizer, mas o que restou dessa noite foi... e ele coloca sobre o balcão do bar - que por sinal era um belo balcão pintado como as teclas de um piano - uma moeda de 1 real. Ouvi nitidamnete o estálo da moeda contra o balcão. Na mesma hora pedi uma cerveja. Olhei pra Paulo e perguntei como resolveríamos em Feira esse problema? Lá a gente vê isso, disse Paulo. Antes de sairmos Jean coloca no bolso da camisa de Paulo uma ajuda pra gasolina. Chegando em Feira, Paulo coloca a mão no bolso e lembra da ajuda de Jean... achamos q seria coisa pouca... mas foi a conta exata para pagarmos o Táxi de Léo. O valor não vem ao caso. Muitas dessas noites de quarta o Clube de Patifes dividiu o palco com Os Koiotes - banda de Miguel Cordeiro, o cara que escreveu Sinca Cachambord do Camisa de Vênus.




No ano de 2000, passamos para as sextas feiras. A coisa déra uma melhorada significativa . Dividíamos as sextas, alternando semanalmente a abertura com uma banda de blues chamada Bond Blues, do nosso querido amigo Fred Barreto - que foi quem gravou as guitarras do disco "Do palco ao balcão". Mas nem tudo eram flores. Eles tinham um vocalista, daqueles ortodoxos, que achava que o blues deve ser tocado em inglês e nunca em outra lingua. Em uma dessas noites, esse cara chamado Mauro, começou a contar fragmentos da história do blues nos intervalos entre uma música e outra. Começamos a perceber que aquilo estava sendo direcionado para o Clube de Patifes - pois fazíamos blues em português - e o cara começou fazer um especie de sabatina com a plateia e de repente ele canta Rebel Dog Blues - que é uma versão que Nasi e os irmão do blues fazem. Essa música começa em inglês e termina traduzindo para o português tudo o havia sido dito no começo. Mal sabia ele que Nasi era uma espécie de bíblia pra gente. Ficamos putos com tudo aquilo e queríamos dar uma resposta. Mas assim que ele terminou o show, desceu as escadarias do Callypso e não ficou pra ver nossa resposta. Lembro que antes de comerçarmos "So no topo" falei algo assim: "E essa música que faremos chama-se Sol no topo e vamos fazer "now"; e pra quem não sabe, "now" é agora!!!" rsrsrsrsrs.... a galera da banda se acabou de rir. E durante o solo, comecei a esbravejar improvisando uma letra dizendo: "Eu canto blues em português, eu canto blues em português" e ainda citei o mestre Raulzito, onde ele diz : "não importa o sotaque e sim o jeito de fazer"... mas Mauro já havia descido. Devem ter passado o recado pra ele... era a última sexta da temporada e nunca mais soube noticias desse cara.




Outra coisa que me lembro desses 12 anos, foi quando... ahhh, deixa pra próxima postagem!!!



Parabéns pro Clube e pr'aqueles que fazem valer a pena tudo isso pra gente!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

C.P.M.A. - músicas e verbalizações



Buscando o Sol...

Se fores até o fim, até o fundo do pote, verás que essa canção nos leva a duas homenagens... a primeira delas é a Robert Johnson (grande referência do blues mundial, que gravou 29 músicas em dois dias num quarto de hotel na década de 30- diz a lenda que fez pacto com o mardito), enfim, nada mais justo do que homenagear esse cabra, que muitos até hoje regravam suas músicas... nós ultilizamos a base de arranjos da música SWEET HOME CHICAGO e colocamos uma letra totalmente diferente da original. E por Q não, os meninos vindouros do portal do sertão, fazerem uma referência tb ao velho Robert? Está aí!!! A segunda homenagem é pr'aquela cidade, onde abri meus olhos pela primeira vez em 15 de abril de 1975 no hospital Emec... cidade de muito, mas muito calor - é quente como o desejo por uma mulher... quem viveu sabe o que estou dizendo. Cidade que nos mostrou nossa Crossroad, nossa direção. Cidade que nasceu d'uma pequena feira na paróquia da fazenda São José das Itapororocas - Fazenda Santana dos Olhos D´Água... Hoje Feira de Santana, mais de 600 mil cabeças, cidade de Lucas da Feira, cidade do Jóia da Princesa (que é até titulo de uma música do Cascadura), cidade do Touro do Sertão, do reggae roots do Dionorina, Jorge de Angelica e do Monte Zion, do Jeca Total, do Rio Jacuipe, da Cidade da Cultura, de Asa Filho, do Feira VI, da Uefs, do Quatro Estações, do primeiro Módulo 7, do Mercado de Artes, cidade onde começamos a buscar o nosso lugar ao sol.
Pra mim, Buscando o Sol é o grande blues do disco... e Feira de Santana é a Feira do Clube. Sejam bem vindos a Feira.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

C.P.M.A. - músicas e verbalizações


O Recado....


Temos aí um bom roteiro para um video clip. Essa foi umas das canções fantasiosas que o autor tem direito de escrever e que muitas vezes é contestado por sua companheira, esposa ou parceira, rs... "pra quem vc escreveu aquilo, pra quem hein?" Essas perguntas devem rolar sempre, não só pra mim né? Hum??? Então... No Recado fazemos uma citação a uma de nossas influências, que é o Quentin Tarantino (hoje me considero uma pessoa antes e depois de Pulp Fiction - sem contar as outras películas claro!!!). É mais uma canção do sofrer, onde mesmo com um coração estraçalhado por um grande amor, ele ainda clama por uma nova chance a ser desfrutada. Meu yin (o protagonista mais sério) não vive sem o meu yang (a mocinha perigosamente bela) um equilibrio tão sonhado, que muitas vezes não é alcançado, restando tão somente a companhia da noite e suas alegorias afim de acalmar o monstro chamado solidão. Manda um recado pra alguém, quem sabe rola algo diferente? Mas tb se não rolar nada... enche a cara e se vira com a ressaca... nada como um dia após o outro. rs!!!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

É uma luta... cultura e arte por toda parte.


Começar um texto, falando de dificuldade é foda, mas é assim que vai ser.
Nesta semana que antecedeu o dia 21 de agosto de 2010, foi realizado pela Cooperarock em Camaçari, uma mostra com vídeos/documentários ligados ao rock n roll + um work shop de guitarra e contra baixo, tendo em vista as comemorações do nosso dia municipal do rock (que tb é aniversário de morte de Raul Seixas). Três videos recheiaram a semana com entretenimento ao qual o nosso público não está acostumado... mostra de arte, mostra de cinema, mostra disso ou daquilo. A realidade é que o nosso "grande" público quer ver é show simplesmente (de graça melhor ainda), e o que for diferente disso não tem tanta importância... pelo menos foi o que me pareceu. Ah meu Deus, que eu estaja enganado. Mas tudo bem, passou... não foi um sucesso de público, mas aconteceu... e os presentes curtiram a iniciativa da Cooperarock.
"A Todo Volume" foi o primeiro dos videos a ser exibido. Na sequência vieram "A História de Anvil" e finalizamos com "Nasi vivo na Cena"... grandes filmes.
Pro final da semana reservamos o workshop com pratas da casa. Os caras mostraram que estão atualizados com as técnicas dos grandes e renomados instrumentistas. As estrelas do work shop foram Rogério Thiburço e Pilla (execelentes guitarristas que Camaçari dispôe) que ainda convidaram Alex Pablo e Hogarth Jr para compor o time.
Pilla, com sua virtuose peculiar, mostrou que está em forma com sua técnica de velocidade, ocupando as casas do braço de sua guitarra com agilidade. Mas não só de velocidade vive um guitarrista... Pilla soube colocar muito sentimento em um tema autoral chamado Number Two. Além de instrumentista, é também compositor de mão cheia.
Rogério Thiburço (da banda evangélica de rock - Os Condutores da Glória) é um guitarrista calcado no hard rock e de uma firmesa com a guitarra que me impressionou. Depois de mostrar alguns temas, finalizou com uma versão de Bet It - Michael Jackson, acompanhado de uma das mais belas combinações - "uma fender e um marshall". Os convidados deram o recado. Destaque para Hogarth Jr, que com seu contra baixo de cinco cordas, mostrou domínio sobre a técnica de tapping, segundo ele, inspirada no baixista norte americano Victor Wooten. Alex Pablo, que é professor de guitarra da Cidade do Saber, apresentou uma versão para um clássico do blues -Still got the blues - Gary Moore. Um verdadeiro workshow. Que venham mais e mais atividades culturais desse nivel para Camaçari. Valeu!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

C.P.M.A. - músicas e verbalizações




Big Town Blues...






Pra quem não sabe, o Clube já passou uma boa temporada no subúrbio de Salvador (por volta de 00/01), mais precisamente em Paripe (foi uma boa experiência). Paulo tinha acabado de ser tranferido pra ensinar história por lá, pelo estado... fui solidário e acabei passando um tempo por lá tb. Lembro-me muito bem das garrafas de whisky que nos fizeram companhia em meio a todo aquele isolamento (rs). Os ensaios passaram a ser por lá mesmo... imaginem! Recém chegados no lugar e colocando uma banda para ensaiar?... foi muito queixo!!! Mas a vizinhança era gente fina, até açúcar pedimos emprestado um dia. Em uma daquelas noites, como manda o figurino para uma boa composição - solidão, saudade, um violão e um bom scotch - saiu a tão falada Big Town Blues. Quando ele me mostrou a letra, fique doido pra poder interpretar, imaginando ainda como seriam os acordes aplicados ali - mais tarde Cezinha Mad Dog Slim viria nos ajudar nos arranjos. E diga-se de passagem, Cezinha fez um dos melhores solos de guitarra que já ouvi - foi de primeira - ouve lá no disco pra tu ver... depois me diz se eu tô inventando.
De lá de Paripe (subúrbio ferroviário) viamos a capital Salvador e sua imponência com suas luzes e seus grandiosos arranhacéus... gloriosos punhais impiedosamente cravados em teu peito!!!
Muitos não percebem a beleza que existe no subúrbio, a vida que se desenrola por lá... como tudo cresce e ferve. Só não na mesma velocidade que a beleza propagada do grande centro. Desigual né?!!! Nossa demo começou a ser executada nas rádios comunitária da área e os alunos de Paulo ficavam espantados em ter um professor rockeiro... rs, uma viagem isso tudo, rs. Um dia precisávamos ensaiar com um novo músico (grande Ricardo, parceirão) e nossa bateria estava em Cruz das Almas, na casa de meus pais. A vontade era tão grande de fazer o som, que eu e Ricardo - ele no volante - decidimos buscá-la e fizemos três horas de Paripe para Cruz das Almas, ida e volta!!! foi muita loucura nossa. Minha mãe achava que eu estava em Feira. "- Tu vai pra onde menino, com essa bateria, uma hora dessas? (eram umas 20h). " Vou levar pra Feira mainha, é pertinho, não se preocupe". Uma hora e quinze depois estavamos em Paripe... o ensaio foi rolar só pela manhã no dia seguinte. Ricardo tava com pé de chumbo. Foi "uma" das loucuras que fizemos pelo Clube, que ficou marcado juntamente com Big Town Blues. Essa canção é especial pra gente, porque nos reporta a um momento em que o Clube passou por uma de suas primeiras tormentas e que conseguimos superar com união. Pois então...
Que a beleza vista através dos olhos de vidro das grandes cidades, nunca ofusque a beleza que é inerente a cada um de nós... seja em Paripe ou em São Tomé de lá, na Queimadinha ou na Tabela de Cruz, nos Phoc's ou na Gleba E, na Vitória ou na derrota... seja aqui ou acolá!!! Que simplesmente seja com dignidade.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Suiça Baiana mesmo!


Dia 29/07/10 o Clube de Patifes foi se apresentar em Vitória da Conquista pela segunda vez. Rapá, mas que frio é aquele? Agora, é o lugar perfeito pr'aqueles que usam paletó pra tocar rock n roll. Nem uma gota de suor foi derramado depois do show... impressionante.
Fomos recebidos pelo Coletivo Suiça Baiana (Vitória da Conquista realmente é uma Suiça) que sem sombra de duvida é nosso parceiro daqui pra frente em muitos projetos. Valeu Gilmar e toda equipe. Rolou também uma entrevista bem bacana na Band Fm de lá.
O show??? foi "bombagarai!!!"... a galera estava esperando a gente. Muitos até cantavam as músicas. Por alguns momentos pareciamos estar em casa. Noite em Claro foi a mais pedida... que num rolou por falta de tempo.
E eu, que me saí até bem!!! Num sei se vcs sabem, mas estou a algum tempo sem degustar a deliciosa cerveja. Tive que me virar com alguns litros de vinhos tintos secos e um belo litro de Domecq (bebida que estimamos muito). Esquentou o que tinha que esquentar. Deu até pra empenar a bigorna.
Muitas surpresas por lá tb... hotel estilo londrino (Hotel Londres, rs), forgotten brothers, mamas and the papas, and no bathroom in the bedroom...
E tirando a fome que estava estampada no rosto de crianças ao longo de boa parte da estrada, implorando por migalhas de comida, moedas, ou o que tivessemos pra dar... e um engarrafamento que pegamos na volta, próximo a Sto. Estevão, por conta de uma cegonheira tombada, onde ficamos parados por mais de quatro horas... foi tudo bem.
Ufa!!! Enfim chegamos.
Continuemos sempre assim, em busca da conquista da vitória!!!


sábado, 24 de julho de 2010

C.P.M.A. - músicas e verbalizações


Mal traçadas linhas...



Um dia eu estava na porta da secretária de cultura em Camaçari, não me lembro bem o ano... e tinha um oficeboy lá retado tirado a poeta, que ficava pra cima e pra baixo com o caderno de suas poesias. Eu já estava saindo, em direção ao carro, quando ele passou por mim conversando com um amigo, sobre uma cigana analfabeta, coisa e tal. Naquele instante me deu um estalo e guardei aquela expressão martelando no meu sub consciente.

Outro dia meu amigo Flávio Guerra me mostrou algumas letras. Dentre elas, tinha uma que me chamou a atenção... falava também da famigerada cigana analfabeta. Eu disse: " mas que coisa, essa cigana de novo". Aí não deu outra... pedi licença a meu brother pra mexer na letra e colocar algumas coisas, uns acordes aqui e outros ali... então tinhamos nas mãos "Mal Traçadas Linhas".

Existem dois momentos na letra que eu particularmente curto muito. Um é quando a letra diz assim: "ela me falou que os cegos da esquina me dariam a direção, que o mudo na torre mais alta me contaria o segredo da vida e os surdos ouviriam meus lamentos", é aquela coisa do amor impossível saca?... e o outro é: "como diz o velho ditado, o futuro são os erros e acertos do passado", aí já sabe... aqui se faz aqui se paga.

Quem nunca teve diante de si, uma cigana vendendo o futuro? se nunca passou por isso, alguém um dia vai fazê-lo!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock 17/07/10 em Camaçari


E chegou o dia... acordar, correr, aprontar, acertar, definir... 2oh? Cadê as bandas que começarão? Atrasaram? É, atrasaram... cadê a caixa de guitarra que falta? ahh meu Deus.


Bem... foi mais ou menos assim até o start do evento. A chuva deu uma trégua o dia todo...


Por volta das 21:15 a Storm começa o dia mundial do rock 2010 na cidade da árvore que chora. Fez seu show impecável como sempre, libertando grandes versões do melhor heavy metal... Pila e Rubinho precisos como Bruce Lee. A Storm, no meu ver, não deve nada para bandas de heavy que já vi tocar por festivais e shows que andei. Força sempre Marquinhos! Com um pouco de atraso no palco 2, a Pretexto sobe com suas músicas já conhecidas pelo seu público fiel que estava lá pra assistí-los. O show foi comprometido por problemas técnicos... mas mostraram amadurecimento e continuaram até o fim enquanto ajeitávamos as coisas... e terminou tudo bem. Retornando ao palco 1, o bando dos Ladrões Engravatados roubaram a cena com uma performance pra lá de extraordinária de Flávio Guerra e seus cúmplices. Destaque para a música Pega Ladrão que deve estar no novo material dos caras, previsto para 2011. Ladrões é uma banda de Camaçari que evoluiu muito desde sua primeira aparição, superando espectativas de muitos que achavam que não daria certo... a prova foi o grande show que fizeram.


A Psicopop era a bola da vez, mas infelizmente não se apresentou alengando que as condições do palco 2 não estavam propícias para o show da banda. Fizemos o possível para que o show rolasse.. até propomos a eles tocarem no palco 1, após a sequência do evento, mas não rolou... tranquilo... próximas oportunidades virão e tenho certeza que melhoraremos onde erramos. De qualquer forma agradeço por terem ido lá. The Pivos, The Pivos, The Pivos... os caras estão com muita energia mesmo. Vieram e botaram pra quebrar... uma sonoridade peculiar, um punk rock justo sem folgas, regado a surf music e ska... um rock visceral que em alguns momentos me lembrou Motorhead (salve minha ignorância, rs). Valeu Sheeva, Kbóge e Bógus.


Na minha humilde opnião, o melhor show da noite foi o da Declinium!!! Oreah, Franco, Halisson e o velho Zé Raimundo entorpeceram seus fãs com os clássicos da banda. Foi um momento memorável... e o show aconteceu no palco 2 (onde tinha acontecido uns imprevistos) e conseguiram tirar uma sonzeira, emocionando muitos que ali estavam... a galera que assitia de perto ao show, pareciam adeptos de uma religião daquelas que cega o indivíduo. Não posso deixar de agradecer a Jair Oliveira que deu uma força na técnica do som, que tb valeu de molde paras as outras bandas que ainda se apresentariam no palco 2. Naquele corre corre que eu estava, sobe e desce, vai lá vem cá, fui parado por Dimmy Drummer (Vendo 147) que me perguntou: "E tu ainda vai tocar, né?"... eu disse: é!!! E foi o que aconteceu na sequência. O Clube de Patifes mostrou um show firme, com sua velha postura já conhecida de blueseiros do sertão, misturada com rockeiros da old school... em um momento lembro-me do rosto de um casal, que se emocionou ao ouvir a versão que fazemos de "Menino de Colo" - Trio Nordestino. Foi muito prazeiroso. Mas que é foda é, produzir e tocar... é foda!!! Agradecer tb a Rege Fx, que apesar de não ter tocado por motivos de força maior, ajudou muito na produção do evento juntamente com Flávio Guerra.


Giselda cada vez melhor... seu show está coeso e bem dirigido. Jailton e Diego estão de parabéns pela bela equipe que montaram. Maia na bateria é o charme da banda... sem contar que tem pegada. Flávio Carper e Deivison completam o time com grande estilo. Ericson Noise é um grande batalhador do rock e apesar de estar no fundo tocando bateria, está sempre à frente no corre pra fazer da Ultrasônica uma das futuras revelações da cena rocker de Camaçari... ainda conta com o virtuoso Oreah nas quatro cordas. O pessoal do Festival Feira Noise assistiu à todos os shows, e uma das bandas eleogiadas foi a Ultrasônica. Parabéns rapaziada! Fechando a noite, sobe a palco, com suas diversas influências, a antiga banda Infúria, hoje O Manto. Desde o começo do show dos caras, a galera pedia um dos sucessos da antiga banda: "Meu Ovo"... que acabou sendo a música de encerramento do show.


Foi uma noite que temos certeza, que muitos dos que estavam lá, não esquecerão.


Gostaria muito de agradecer a Secult, a Jorge Abelha e Anavalda pelo espaço maravilhoso, a Wilson da Brechó Discos e a Pastel de Miolos que estavam por lá, a Paulo Nieto, ao Dj Márcio pela iluminação, a Gil pelo empenho desde sempre e a todos que ajudaram com os alimentos entregues.


A Cooperarock agradece a todos os envolvidos nesse grande evento!!!


Um abração a todas e todos!!!


Vem aí o dia MUNICIPAL do rock em agosto... aguardem!!!


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Rock´s Camaçari




Nem Rege Fx, nem outra pessoa, terá algum Pretexto para entrar em parafuso, em Declinum, se O Manto não acalientar a noite ou qualquer Storm que cobrir os céus e nos deixar Psicopop, enlouquecidos. A não ser que soltem os Ladrões Engravatados... aí sim teremos mudanças numa velocidade Ultrasônica, bebendo vinho ou The Pivos, sentados na esquina d'um Clube de Patifes ou d'um clube qualquer, amparados pelo rigor das curvas de Giselda.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

13 de julho, dia do tal do rock n' roll


Nos corridos anos 80, em minha inocência de criança, tive acesso a uns discos, daquele que seria o ritmo da minha vida. O rock n' roll acabara de bater à minha porta. Era como se tudo aquilo que começava a entrar pelos meus ouvidos, massageando meu coração, fosse feito sob medida pra mim. Meu pai tinha uma loja de discos na cidade de Cruz das Almas e isso ajudou muito na minha formação musical. Os primeiros nomes que tive contato foram Rod Stewart, Bruce Springsteen e Phill Collins. Mais pra frente comecei a perceber que o rock n' roll era coisa séria e que deveria ir mais além. Quando em um belo dia cai nas minhas mãos um vinil de época do Raul Seixas - "Gita"... aí já sabe né?


A relação forte com o rock n' roll (que influenciou muitos jovens nos anos 50, unindo brancos e negros em bailinhos nos Estados Unidos -país de origem do rock n' roll - revolucionando filhos e filhas de famílias conservadoras, trilha sonora em milhares de histórias de amor e até em alguns momentos ameaçando a vendagem dos discos do pai do rock: "O velho blues"), me fez entrar de cabeça nesse mundo. Enquanto os grandes nomes do blues buscavam se reinventar ao longo de quase 40 anos, eis que surgi um nome que assustaria o reinado dos bluesmen daquela época: Nos anos 50, Chuck Berry e seu ritmo alucinante que até então não se sabia ao certo que diabos era aquilo... era o rock n' roll propriamente dito. Little Richard, juntamente com Mr. Berry, fez com que o rock ecoasse pelos quatro cantos do mundo, fazendo até os ingleses enlouquecerm na Europa e tirarem o chapéu por muitas vezes. Foi o caso dos Beatles e dos Rolling Stones... se renderam ao som que vinha da terra do Tio Sam, e muitos de seus sucessos no inicio de suas carreiras, eram regravações de Chuck Berry e Little Ricahrd (música genuinamente negra - assim como o blues, o reggae, o samba e o forró tradicional). Com todo o preconceito que recaia sobre os negros, Elvis Presley foi um dos divulgadores da obra desses - que foram pra mim, os pais do rock n' roll mundial - sendo até eleito o Rei do Rock (há contestações, rs...). Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who, The Doors, Sex Pistols, The Clash, Ramones e muitos outros, deram continuidade a saga do empolgante e transformador rock n' roll.


O Brasil teve sua contribuição mundialmente falando, com grandes nomes; como os queridos Mutantes, que foram inspiração para muitos jovens dentro e fora do país. Kurt Cobain (1967-1994) vocalista da extinta banda Nirvana, declarou muitas vezes que ouvia música brasileira e que era fã da turma do Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e da jovem Rita Lee - "Os Mutantes". Os Secos e Molhados também tiveram sua parcela na transformação da juventude brasileira quando apareceram na década de 70 com os rostos maqueados e fazendo rock (reza a lenda que saíram na frente da banda americana Kiss em pintar os rostos). Toca Rauuuuuuulll!!! Foi gritado recentemente num show do Paul McCartney, vê se pode? Não tem outro não, Raul Seixas é o pai do rock brasileiro e uma das lendas mundialmente conhecido... a verdadeira mosca na sopa pra muitos picaretas de plantão.


Hoje, depois de muitos anos de estudos e "ouvidorias" do rock, faço parte de uma banda (www.myspace.com/clubedepatifes), onde tento colocar o pouco do que aprendi, juntamente com meus parceiros Paulo, Jo Capone e Stephen... buscando o improvável, o que quase ninguém vê, o que só os visionérios crêem - os nossos sonhos.


"Sonho que se sonha só, é só um sonho... sonho que se sonha junto, é realidade" (Raul Seixas)


Que duradoura seja a vida do bom e velho rock n' roll!!!


quarta-feira, 7 de julho de 2010

C.P.M.A.- músicas e verbalizações


Carnival Blues...
Sabe aquele dia em que você está cansado de tudo, de todos e nem seus tragos ao longo da noite acalmam seu espírito? Confuso né??? Pois é... existem dias que nada satisfaz. Mas ainda assim a gente insiste em querer lutar contra esse sentimento de desgosto, provando sabores que nunca iriam sanar o gosto amargo naquela boca mais vadia. Ainda assim provamos. Passado algumas horas, aquela conclusão que tinhamos antecipado, se confirma como a cabeça d'uma pule premiada - como era sabido, bingo!!!. O dia amanhece e vamos para mais uma caminhada buscando novamente encontrar um premiação que valha todo o desatino... e como positivos que somos, encontramos... Viva aos carnavais, ao blues, aos devaneios, aos brindes, as conversas de pé de balcão; sejam na França, na Feirinha (que não mais existe), aos pés da cruz, aos pés da fogueira, ao lado d'uma garrafa de whisky com companhias imagéticas... seja como for; viva!!! pois você está vivo!!! Ahh, e boa sorte!!!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sim, é bom tê-los!!!


Tava lendo um texto escrito por um grande amigo sobre filhos... os filhos... nossos filhos. Fiquei muito feliz em conhecer um cara tão sensível e tão pai; ele conseguiu trocar por palavras sua vida (conheço um pouco da vida dele, afinal somos amigos) não que eu não seja tão pai assim ou assado, eu sou um paizão... pelo menos eu me acho. Causo as vezes uma certa estranheza para os meninos quando sou rígido, firme... tudo tem sua hora. Adoro vê-los me ensinar coisas novas... e até coisas velhas que eu não me liguei muito em aprender. Video game e computador, são coisas desse mundo, do mundo deles, do nosso mundo (por muito tempo foram do outro mundo pra mim) que em alguns momentos sou mordido como por um cão raivoso; mas pra eles, parecem coisas que vendem na padaria junto com pão e manteiga... me espanto como já nascem sabendo das coisas hoje em dia. Crianças... as vezes crionças... comprovam dia a dia que nossa vida tem um propósito... pode ser que a gente esqueça disso por instantes, mas eles nos lembram - nem que seja quando sujam a roupa com creme dental bem na hora de sair, justamente quando estamos atrasados...rs. Troca de roupa rapá e vumbóra. Ou quando te perguntam: o que é um orgasmo pai? Como é que eu nasci? As nuvens são feitas de algodão mesmo? Por que o Flamengo só ganhou um mundial? Perguntas simples... pra eles tudo é simples. Discutem futebol, me corrigem as primeiras palavras em inglês, preparam até café na cama pra gente... que honra!!! E quanto eufóricos ficam na hora de entregar o boletim, de mostrar que botaram pra quebrar nas notas... ahhh!!! Num sei até quando, mas é muito bom isso. Verdades são os pratos do seu cardápio, desconsertando os ditos consertados. Filhos, como é bom tê-los... nos colocam onde temos que estar... e sem pestanejar agradeço por estar ali ou onde quer que seja... pra eles, por eles. Valeu Paulo Nieto D'erico pelo belissímo depoimento de amor por seus rebentos... me fez parar um pouco e ver que nada mais somos do que tão somente os ladrilhos do início da estrada destes, que um dia serão de outros ou de outras por momentos curtos ou longos, mas que pra sempre serão nossos... filhos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Com um pouco mais de alma - músicas e verbalizações.

Feira...

Feira é uma das canções do Clube de Patifes que foi literalmente composta no balcão, do lado de dentro... no Jeca Total (nossa segunda casa em Feira de Santana). Os clichês não faltaram não... guardanapos, momentos de espasmos em meio à conversas paralelas, fumaças de cigarro e bodes baratos, cervejaaaaaaaaaaa e a noite quente em uma cidade fria na madrugada; uma cidade que amamos... os arrastos das sandálias de Eudes eram possíveis de se ouvir com todo aquele converseiro, rolando música de fundo sempre e rodas de violas espontâneas com Zani de bom humor claro...rs!!! O tempo passou mas algumas coisas permaneceram... corpos querendo serem tocados numa Feira que fazemos, pois somos parte em tudo aquilo; aprendendo, caindo, levantando e sobrevivendo. Menino de colo da dama da noite, religiosamente abençoado pela lua que alimenta o lobo que cada um tem dentro de si. O respeito pela sapiência dos mais vividos é inerente... a única promessa é de nunca mais chorar, seja pelo leite derramado, seja por um amor distroçado. Ainda veremos nossas crianças a brincar, com todo aprendizado, com toda sobrevivência, com toda velhice a qual não podemos fugir. Feira nada mais é que um relato de uma experiência de vida que compartilhamos as vezes, sem nem nos darmos conta disso.