quinta-feira, 3 de março de 2011

E aconteceu o Grito Rock camaçari 2011


Grito Rock Camaçari 2011 – Resenha

Foram mais de 15 dias de corre corre, atrás de deixar tudo pronto para o dia 26 de fevereiro. Muito suor, longas caminhadas, inúmeras promessas de ajuda. Ainda é muito difícil fazer rock... mas com muito jogo de cintura, driblamos as dificuldades e colocamos o Grito Rock Camaçari de pé.

Finalmente chega o tal dia... o tão esperado dia 26 de fevereiro de 2011.

Depois de pegar a chave do alojamento onde as bandas de fora do estado dormiriam, na noite de 25/02 às 21:30, fui para casa, afim de descansar um pouco, antes de ir pro aeroporto pela primeira vez naquele dia 26.

Por volta de 01:45, saímos em direção ao Aeroporto Internacional de Salvador, para pegarmos a banda carioca Na Sala do Sino. Os caras já estavam esperando pontualmente no horário combinado. Numa das primeiras conversas, os caras já queriam saber quando iríamos para a praia...rs. Acabam de chegar do Rio e ainda querem praia? Isso é que é gostar mesmo!!!Voltamos para Camaçari e os deixamos no alojamento.

Às 8:20 da manhã do dia 26, estávamos lá, no aeroporto mais uma vez, agora para pegarmos a banda cearense Black Flash Licorice. Tb no horário combinado, estavam lá ansiosos por rock e praia... Praia? É sim... praia... os caras estavam muito afim de cair no mar da Bahia. Alojamento, aí vamos nós.

A logística estava funcionando bem... banheiros químicos no local, palco, som montado, até o toldo chegou na hora certa... tudo certo. Êpa!!! Tudo certo não... Onde está o eletricista para fazer a ligação na caixa de alta voltagem? O cara sumiu. Tivemos que acionar um amigo nosso, que manja muito de elétrica e que trampa na Cidade do Saber... velho Gilson foi a salvação da lavoura.

Não estávamos autorizados a usar o ponto de luz da igreja Montenegro... só falando com o padre, disse uma mulher que trabalhava na igreja. Lá fui eu, tentar convencer o padre Valmir, na Casa Paroquial, de que o evento não poderia ficar sem energia, pois tínhamos convidados especiais e a galera já estava se dirigindo pro local. Depois de uma rápida conversa, o Padre Valmir me autorizou a fazer a ligação elétrica na caixa de força da igreja, fazendo-me comprometer com o ônus que a energia pudesse gerar... rsrsrsrs... garanti que assumiria todo e qualquer ônus.

Pela terceira vez no dia, fui ao aeroporto (não tinha ninguém habilitado no momento, tinha que ser eu) pegar a banda paulista Color TV. Nesse dia fomos surpreendidos pela pontualidade dos vôos do Aeroporto Internacional de Salvador... não houveram atrasos!!!

Tudo pronto. A Pastel de Miolos estava apostos pra começar. O som começou a apresentar um ruído e não havia maneira consertar aquilo... estava muito preocupado com o desenrolar do evento. O Show da Pastel ficou comprometido... perguntamos para o responsável pelo som e ele nos disse que era queda de energia... e que só depois da 19h a energia se estabilizaria, devido ao pico que estava dando naquele momento, devido ao comercio em pleno funcionamento.

Veio o show da The Pivos... a energia já havia se estabilizado e os caras , como sempre, mandaram bem mais uma vez e fizeram um showzão.

Com o atraso, tivemos que modificar a ordem do evento, pois a Camarones e a Canastra, que já estavam no local, tocariam as 23h em Salvador na mesma noite. Depois de conversarmos com a banda Acord, fizemos essa alteração, que foi crucial pra o andamento do festival. Camarones reduziu seu tempo de show, que não deixou de ser eficiente e empolgante. Os cariocas do Canastra surpreenderam o público, com seu visual vintage e com uma sonoridade muito peculiar... rockabilly de primeira qualidade... me fez relembrar os velhos conhecidos nossos do The Dead Billies. E ainda contavam com o competente “Barba” na bateria, ex- Los Hermanos.

A banda Acord mostrou muita desenvoltura e um som maduro... nos remeteu em alguns momentos ao Barão Vermelho... Diego foi o destaque com sua percussão afinadíssima.

Competência, é o que podemos dizer do show da Quarteto de Cinco, diretamente de Salvador. Banda extremamente profissional, com arranjos bem definidos e um som que misturava rock, MPB e soul. Massa!!!!

Me surpreendeu a qualidade do hard rock dos pernambucanos da Black Flash Licorice. O som dos caras soa de maneira gringa mesmo. Marina, a guitarrista solo, foi ovacionada pela galera, amante do estilo. Um grande show!!!

Na Sala do Sino, era a banda que eu esperava ansioso. Os caras estavam um pouco cansados, mas fizeram um showzaço. Tava na cara as influências das culturas populares brasileiras, principalmente a cultura nordestina. Chegaram até a perguntar, de que lugar do nordeste eram aqueles caras? Não, eles são cariocas... O respeito pela cultura popular da banda Na Sala do Sino, foi um fator primordial para a curadoria do festival (muito elogiada) selecioná-los. Parabéns galera pelo show!!!

Bill, a frente da paulista Collor TV, mostrou muita energia ao fazer rock. Uma espécie de grunge, de rock, de indie... Um rock moderno, com uma boa pegada lembrando o Foo Fighters.

E finalmente, pra encerrar a noite, os rapazes da Ultrasonica. Banda revelação 2011 em Camaçari, que sem demonstrar cansaço algum, fizeram um show impecável, mostrando as canções que estarão no seu novo EP, que será lançado pelo selo Brechó Discos em 2011.

Desmontando tudo... tudo desmontado. Agora procurar um lugar pra comer, descansar um pouco. Afinal pela manhã, ainda teríamos umas idas ao aeroporto, pra despachar nossos artistas convidados.

O Capivara Coletivo Cultural e a Cooperarock agradecem a todos que fizeram parte desse primeiro evento de muitos que ainda virão por aí. Grito Rock Camaçari 2011... 2012 está logo ali!!!!

Abraço a todos!!!