quarta-feira, 25 de agosto de 2010

C.P.M.A. - músicas e verbalizações


O Recado....


Temos aí um bom roteiro para um video clip. Essa foi umas das canções fantasiosas que o autor tem direito de escrever e que muitas vezes é contestado por sua companheira, esposa ou parceira, rs... "pra quem vc escreveu aquilo, pra quem hein?" Essas perguntas devem rolar sempre, não só pra mim né? Hum??? Então... No Recado fazemos uma citação a uma de nossas influências, que é o Quentin Tarantino (hoje me considero uma pessoa antes e depois de Pulp Fiction - sem contar as outras películas claro!!!). É mais uma canção do sofrer, onde mesmo com um coração estraçalhado por um grande amor, ele ainda clama por uma nova chance a ser desfrutada. Meu yin (o protagonista mais sério) não vive sem o meu yang (a mocinha perigosamente bela) um equilibrio tão sonhado, que muitas vezes não é alcançado, restando tão somente a companhia da noite e suas alegorias afim de acalmar o monstro chamado solidão. Manda um recado pra alguém, quem sabe rola algo diferente? Mas tb se não rolar nada... enche a cara e se vira com a ressaca... nada como um dia após o outro. rs!!!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

É uma luta... cultura e arte por toda parte.


Começar um texto, falando de dificuldade é foda, mas é assim que vai ser.
Nesta semana que antecedeu o dia 21 de agosto de 2010, foi realizado pela Cooperarock em Camaçari, uma mostra com vídeos/documentários ligados ao rock n roll + um work shop de guitarra e contra baixo, tendo em vista as comemorações do nosso dia municipal do rock (que tb é aniversário de morte de Raul Seixas). Três videos recheiaram a semana com entretenimento ao qual o nosso público não está acostumado... mostra de arte, mostra de cinema, mostra disso ou daquilo. A realidade é que o nosso "grande" público quer ver é show simplesmente (de graça melhor ainda), e o que for diferente disso não tem tanta importância... pelo menos foi o que me pareceu. Ah meu Deus, que eu estaja enganado. Mas tudo bem, passou... não foi um sucesso de público, mas aconteceu... e os presentes curtiram a iniciativa da Cooperarock.
"A Todo Volume" foi o primeiro dos videos a ser exibido. Na sequência vieram "A História de Anvil" e finalizamos com "Nasi vivo na Cena"... grandes filmes.
Pro final da semana reservamos o workshop com pratas da casa. Os caras mostraram que estão atualizados com as técnicas dos grandes e renomados instrumentistas. As estrelas do work shop foram Rogério Thiburço e Pilla (execelentes guitarristas que Camaçari dispôe) que ainda convidaram Alex Pablo e Hogarth Jr para compor o time.
Pilla, com sua virtuose peculiar, mostrou que está em forma com sua técnica de velocidade, ocupando as casas do braço de sua guitarra com agilidade. Mas não só de velocidade vive um guitarrista... Pilla soube colocar muito sentimento em um tema autoral chamado Number Two. Além de instrumentista, é também compositor de mão cheia.
Rogério Thiburço (da banda evangélica de rock - Os Condutores da Glória) é um guitarrista calcado no hard rock e de uma firmesa com a guitarra que me impressionou. Depois de mostrar alguns temas, finalizou com uma versão de Bet It - Michael Jackson, acompanhado de uma das mais belas combinações - "uma fender e um marshall". Os convidados deram o recado. Destaque para Hogarth Jr, que com seu contra baixo de cinco cordas, mostrou domínio sobre a técnica de tapping, segundo ele, inspirada no baixista norte americano Victor Wooten. Alex Pablo, que é professor de guitarra da Cidade do Saber, apresentou uma versão para um clássico do blues -Still got the blues - Gary Moore. Um verdadeiro workshow. Que venham mais e mais atividades culturais desse nivel para Camaçari. Valeu!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

C.P.M.A. - músicas e verbalizações




Big Town Blues...






Pra quem não sabe, o Clube já passou uma boa temporada no subúrbio de Salvador (por volta de 00/01), mais precisamente em Paripe (foi uma boa experiência). Paulo tinha acabado de ser tranferido pra ensinar história por lá, pelo estado... fui solidário e acabei passando um tempo por lá tb. Lembro-me muito bem das garrafas de whisky que nos fizeram companhia em meio a todo aquele isolamento (rs). Os ensaios passaram a ser por lá mesmo... imaginem! Recém chegados no lugar e colocando uma banda para ensaiar?... foi muito queixo!!! Mas a vizinhança era gente fina, até açúcar pedimos emprestado um dia. Em uma daquelas noites, como manda o figurino para uma boa composição - solidão, saudade, um violão e um bom scotch - saiu a tão falada Big Town Blues. Quando ele me mostrou a letra, fique doido pra poder interpretar, imaginando ainda como seriam os acordes aplicados ali - mais tarde Cezinha Mad Dog Slim viria nos ajudar nos arranjos. E diga-se de passagem, Cezinha fez um dos melhores solos de guitarra que já ouvi - foi de primeira - ouve lá no disco pra tu ver... depois me diz se eu tô inventando.
De lá de Paripe (subúrbio ferroviário) viamos a capital Salvador e sua imponência com suas luzes e seus grandiosos arranhacéus... gloriosos punhais impiedosamente cravados em teu peito!!!
Muitos não percebem a beleza que existe no subúrbio, a vida que se desenrola por lá... como tudo cresce e ferve. Só não na mesma velocidade que a beleza propagada do grande centro. Desigual né?!!! Nossa demo começou a ser executada nas rádios comunitária da área e os alunos de Paulo ficavam espantados em ter um professor rockeiro... rs, uma viagem isso tudo, rs. Um dia precisávamos ensaiar com um novo músico (grande Ricardo, parceirão) e nossa bateria estava em Cruz das Almas, na casa de meus pais. A vontade era tão grande de fazer o som, que eu e Ricardo - ele no volante - decidimos buscá-la e fizemos três horas de Paripe para Cruz das Almas, ida e volta!!! foi muita loucura nossa. Minha mãe achava que eu estava em Feira. "- Tu vai pra onde menino, com essa bateria, uma hora dessas? (eram umas 20h). " Vou levar pra Feira mainha, é pertinho, não se preocupe". Uma hora e quinze depois estavamos em Paripe... o ensaio foi rolar só pela manhã no dia seguinte. Ricardo tava com pé de chumbo. Foi "uma" das loucuras que fizemos pelo Clube, que ficou marcado juntamente com Big Town Blues. Essa canção é especial pra gente, porque nos reporta a um momento em que o Clube passou por uma de suas primeiras tormentas e que conseguimos superar com união. Pois então...
Que a beleza vista através dos olhos de vidro das grandes cidades, nunca ofusque a beleza que é inerente a cada um de nós... seja em Paripe ou em São Tomé de lá, na Queimadinha ou na Tabela de Cruz, nos Phoc's ou na Gleba E, na Vitória ou na derrota... seja aqui ou acolá!!! Que simplesmente seja com dignidade.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Suiça Baiana mesmo!


Dia 29/07/10 o Clube de Patifes foi se apresentar em Vitória da Conquista pela segunda vez. Rapá, mas que frio é aquele? Agora, é o lugar perfeito pr'aqueles que usam paletó pra tocar rock n roll. Nem uma gota de suor foi derramado depois do show... impressionante.
Fomos recebidos pelo Coletivo Suiça Baiana (Vitória da Conquista realmente é uma Suiça) que sem sombra de duvida é nosso parceiro daqui pra frente em muitos projetos. Valeu Gilmar e toda equipe. Rolou também uma entrevista bem bacana na Band Fm de lá.
O show??? foi "bombagarai!!!"... a galera estava esperando a gente. Muitos até cantavam as músicas. Por alguns momentos pareciamos estar em casa. Noite em Claro foi a mais pedida... que num rolou por falta de tempo.
E eu, que me saí até bem!!! Num sei se vcs sabem, mas estou a algum tempo sem degustar a deliciosa cerveja. Tive que me virar com alguns litros de vinhos tintos secos e um belo litro de Domecq (bebida que estimamos muito). Esquentou o que tinha que esquentar. Deu até pra empenar a bigorna.
Muitas surpresas por lá tb... hotel estilo londrino (Hotel Londres, rs), forgotten brothers, mamas and the papas, and no bathroom in the bedroom...
E tirando a fome que estava estampada no rosto de crianças ao longo de boa parte da estrada, implorando por migalhas de comida, moedas, ou o que tivessemos pra dar... e um engarrafamento que pegamos na volta, próximo a Sto. Estevão, por conta de uma cegonheira tombada, onde ficamos parados por mais de quatro horas... foi tudo bem.
Ufa!!! Enfim chegamos.
Continuemos sempre assim, em busca da conquista da vitória!!!


sábado, 24 de julho de 2010

C.P.M.A. - músicas e verbalizações


Mal traçadas linhas...



Um dia eu estava na porta da secretária de cultura em Camaçari, não me lembro bem o ano... e tinha um oficeboy lá retado tirado a poeta, que ficava pra cima e pra baixo com o caderno de suas poesias. Eu já estava saindo, em direção ao carro, quando ele passou por mim conversando com um amigo, sobre uma cigana analfabeta, coisa e tal. Naquele instante me deu um estalo e guardei aquela expressão martelando no meu sub consciente.

Outro dia meu amigo Flávio Guerra me mostrou algumas letras. Dentre elas, tinha uma que me chamou a atenção... falava também da famigerada cigana analfabeta. Eu disse: " mas que coisa, essa cigana de novo". Aí não deu outra... pedi licença a meu brother pra mexer na letra e colocar algumas coisas, uns acordes aqui e outros ali... então tinhamos nas mãos "Mal Traçadas Linhas".

Existem dois momentos na letra que eu particularmente curto muito. Um é quando a letra diz assim: "ela me falou que os cegos da esquina me dariam a direção, que o mudo na torre mais alta me contaria o segredo da vida e os surdos ouviriam meus lamentos", é aquela coisa do amor impossível saca?... e o outro é: "como diz o velho ditado, o futuro são os erros e acertos do passado", aí já sabe... aqui se faz aqui se paga.

Quem nunca teve diante de si, uma cigana vendendo o futuro? se nunca passou por isso, alguém um dia vai fazê-lo!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock 17/07/10 em Camaçari


E chegou o dia... acordar, correr, aprontar, acertar, definir... 2oh? Cadê as bandas que começarão? Atrasaram? É, atrasaram... cadê a caixa de guitarra que falta? ahh meu Deus.


Bem... foi mais ou menos assim até o start do evento. A chuva deu uma trégua o dia todo...


Por volta das 21:15 a Storm começa o dia mundial do rock 2010 na cidade da árvore que chora. Fez seu show impecável como sempre, libertando grandes versões do melhor heavy metal... Pila e Rubinho precisos como Bruce Lee. A Storm, no meu ver, não deve nada para bandas de heavy que já vi tocar por festivais e shows que andei. Força sempre Marquinhos! Com um pouco de atraso no palco 2, a Pretexto sobe com suas músicas já conhecidas pelo seu público fiel que estava lá pra assistí-los. O show foi comprometido por problemas técnicos... mas mostraram amadurecimento e continuaram até o fim enquanto ajeitávamos as coisas... e terminou tudo bem. Retornando ao palco 1, o bando dos Ladrões Engravatados roubaram a cena com uma performance pra lá de extraordinária de Flávio Guerra e seus cúmplices. Destaque para a música Pega Ladrão que deve estar no novo material dos caras, previsto para 2011. Ladrões é uma banda de Camaçari que evoluiu muito desde sua primeira aparição, superando espectativas de muitos que achavam que não daria certo... a prova foi o grande show que fizeram.


A Psicopop era a bola da vez, mas infelizmente não se apresentou alengando que as condições do palco 2 não estavam propícias para o show da banda. Fizemos o possível para que o show rolasse.. até propomos a eles tocarem no palco 1, após a sequência do evento, mas não rolou... tranquilo... próximas oportunidades virão e tenho certeza que melhoraremos onde erramos. De qualquer forma agradeço por terem ido lá. The Pivos, The Pivos, The Pivos... os caras estão com muita energia mesmo. Vieram e botaram pra quebrar... uma sonoridade peculiar, um punk rock justo sem folgas, regado a surf music e ska... um rock visceral que em alguns momentos me lembrou Motorhead (salve minha ignorância, rs). Valeu Sheeva, Kbóge e Bógus.


Na minha humilde opnião, o melhor show da noite foi o da Declinium!!! Oreah, Franco, Halisson e o velho Zé Raimundo entorpeceram seus fãs com os clássicos da banda. Foi um momento memorável... e o show aconteceu no palco 2 (onde tinha acontecido uns imprevistos) e conseguiram tirar uma sonzeira, emocionando muitos que ali estavam... a galera que assitia de perto ao show, pareciam adeptos de uma religião daquelas que cega o indivíduo. Não posso deixar de agradecer a Jair Oliveira que deu uma força na técnica do som, que tb valeu de molde paras as outras bandas que ainda se apresentariam no palco 2. Naquele corre corre que eu estava, sobe e desce, vai lá vem cá, fui parado por Dimmy Drummer (Vendo 147) que me perguntou: "E tu ainda vai tocar, né?"... eu disse: é!!! E foi o que aconteceu na sequência. O Clube de Patifes mostrou um show firme, com sua velha postura já conhecida de blueseiros do sertão, misturada com rockeiros da old school... em um momento lembro-me do rosto de um casal, que se emocionou ao ouvir a versão que fazemos de "Menino de Colo" - Trio Nordestino. Foi muito prazeiroso. Mas que é foda é, produzir e tocar... é foda!!! Agradecer tb a Rege Fx, que apesar de não ter tocado por motivos de força maior, ajudou muito na produção do evento juntamente com Flávio Guerra.


Giselda cada vez melhor... seu show está coeso e bem dirigido. Jailton e Diego estão de parabéns pela bela equipe que montaram. Maia na bateria é o charme da banda... sem contar que tem pegada. Flávio Carper e Deivison completam o time com grande estilo. Ericson Noise é um grande batalhador do rock e apesar de estar no fundo tocando bateria, está sempre à frente no corre pra fazer da Ultrasônica uma das futuras revelações da cena rocker de Camaçari... ainda conta com o virtuoso Oreah nas quatro cordas. O pessoal do Festival Feira Noise assistiu à todos os shows, e uma das bandas eleogiadas foi a Ultrasônica. Parabéns rapaziada! Fechando a noite, sobe a palco, com suas diversas influências, a antiga banda Infúria, hoje O Manto. Desde o começo do show dos caras, a galera pedia um dos sucessos da antiga banda: "Meu Ovo"... que acabou sendo a música de encerramento do show.


Foi uma noite que temos certeza, que muitos dos que estavam lá, não esquecerão.


Gostaria muito de agradecer a Secult, a Jorge Abelha e Anavalda pelo espaço maravilhoso, a Wilson da Brechó Discos e a Pastel de Miolos que estavam por lá, a Paulo Nieto, ao Dj Márcio pela iluminação, a Gil pelo empenho desde sempre e a todos que ajudaram com os alimentos entregues.


A Cooperarock agradece a todos os envolvidos nesse grande evento!!!


Um abração a todas e todos!!!


Vem aí o dia MUNICIPAL do rock em agosto... aguardem!!!


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Rock´s Camaçari




Nem Rege Fx, nem outra pessoa, terá algum Pretexto para entrar em parafuso, em Declinum, se O Manto não acalientar a noite ou qualquer Storm que cobrir os céus e nos deixar Psicopop, enlouquecidos. A não ser que soltem os Ladrões Engravatados... aí sim teremos mudanças numa velocidade Ultrasônica, bebendo vinho ou The Pivos, sentados na esquina d'um Clube de Patifes ou d'um clube qualquer, amparados pelo rigor das curvas de Giselda.